Língua de fogo arrepiado na orelha desenhando ritmos de mar nos lóbulos em brasão de borboletas, borbulbos ventos sulcam e penetram vincos e brechas das telhas de meu teto de amianto com ar dor-vaporalado cortando a noite abafada de minhas penumbras zumbias .
Na ponta hirta dos dedos das maõs flores míudas em crescente fulgor e fartura, introduz cada um deles na minha boca muda semeando outubro debaixo da língua que cresce em saliva e brota-esborra essa overdose bruta rubra- escarlate.
A ponta das línguas avançam tigre e lince roendo verso a verso o timbre da dança de_composição na arena-vertigem do céu de opala selvagem. Decompõe-me nua dulcíssima salina salamandra-dançarina na sua medula alquímica e árdua mandíbola.
o alvo
ResponderExcluirseria o olhar
da brasa cotidiana
nessa clausura assombrosa
de acordes rosas
num colosso de ossos
o cheiro da carniça
e a carcaça de (s)o(m)bras
sob o sol odiado
de amarelo mortuário
do céu de odessa
a rufar no crepúsculo
incendiário das estrelas
no rugido da noite
um ranger de dentes
e o convulsivo gozo
da engrenagem
- épica odisséia -
à míngua do musgo
moem o lixo
mandíbulas de metal