sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Fragmentos

 Fragmentos do instante: 

O que todo mundo já sabe e  sempre soube é que a  qualidade e   progresso da educação brasileira escolar não está na quantidade de  tempo que estudantes ficam dentro da escola, socados ali como sabe-se  lá o que. Mas na qualidade e  na forma como se aprende. Por isso mesmo há tanta fuga e falta porque talvez não haja maior bullying que  esse: aprisionar alunos como fossem o quê! Ou mesmo enterra-los ali tornando-os alienados  e zumbis na e da sociedade  (da  familia, da convivência humana e suprimindo possibilidade de autoconhecimento, autorespomsabilidade , capacidade de escolha e decisão, aprender coisas como conversar, diálogar , saber como fazer? Fazer não é!  Saber (exercitar) deixo claro aqui que saber é fazer,  viver enfim sobre a multimensionalisade do SER enquanto aprendiz e mestre de si - crianças e adolescentes precisam aprender a serem vistos como possíveis e futuros adultos ) são  alienados  na e da própria  vida de agora e  futura , de suas capacidades e desafios a serem trabalhados. Aleijados e ausentes para que óbvio sejam considerados todos como incapazes e dependentes e recebam moletas e drogas (da zoom no significado) dos que governam e de todos os outros que representam autoridade na vida social.  Isso é um soco na gestação e gestão  de nossa educação brasileira. Na barriga da  patria amada , no ventre desta terra brasileira.

Fosse mesmo uma educação de qualidade não teriamos a  quantidade de horas aumentada (como sistema de fábricas onde se gera lucro para  os donos dessa porra toda?) Alunos em sendo números  sem a qualificação e especificidades de  oficios por exemplo, e de ter opções de todas as artes e filosofias , tecnologias e  linguagens possíveis para o total ai sim integral desenvolvimento de crianças e adolescentes no processo (tempo espaço) quando  se ficam na escola. Horário integral, que se diz não é senão a desintegração do ser em obstrução covarde , ignorante e miserável ainda mais com o núcleo familiar  menos favorecido .  Sem contar a  desintegração que toda essa estrutura fracassada engendra em alunos, profissionais da educação e sociedade como um todo. Vislumbramos o caos não somente agora como no futuro ( não muito distante) onde uma intervenção realmente dura há de  por ontem na casa! Só pra lembrar que se puder quero estar metida nessa. Que a geripoca vai  piar! Pra que? (O leitor pode vir a perguntar) para um tempo e um espaço mais harmônico e  justo e expansivo de verdadeira  ordem e progresso. Num tempo onde atitudes serão propositivas e positivas visando sim a independência, responsabilidade , liberdade, autonima (de cada um e de todos como sociedade, claro!), portanto. 

Alessandra Espínola

Rio, primavera de 2021.

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