Fragmentos :
Vertigem de ser o coração aberto e a entrega florescida no caos.
O olhar cúmplice da alma por um instante sendo amor. Não, não essa coerência e linearidade que tu pensas tudo isso que te digo. Vem, é assim como sentir o frio e ser com ele nele. Em sendo o frio sentindo o frio. Amar o frio. Sendo o tempo na ágora de agora. Amar na conjectura. Nas fendas. No escuro cintilar galacteo. Abrir -se num leque de cores em dança e infinidade de tons e matizes. Entremear raízes. Se expandir na imensidão até desfazer-se. Cinza. Magma. Rocha. Carvão. Mergulhar na sombra. Como quem se ergue. Romper tendões. Aquiles que me grita. Aqueles que me habitam. Religa-los. Reconstruir regenerar a corola em botão rediviva rosa (mistica e viva?), uma a uma pétala que renasce em seu temp(l)o de brotação de ser flor coroando o peito. Coragem de ser flor. Percebe? Lentamente abrir o coração. E deixar a voz ser o leve contorno do silêncio.
Alessandra Espinola
Rio, setembro de 2021.
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