sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Diario de insinuações ou sagração so agora

 [Dário de insinuações ou Sagração do agora]


É  manhã de domingo. O Sol! Ah o Sol com tanta elegancia e simplicidade me envolvendo toda na casa. Como o renascimento coroando meu ventre. À janela o vento acaricia meus cabelos tão suave que a lágrima me cresce como flor nos cabelos. As montanhas em comunhão com o céu .  Aqui onde a nuvem  alva como uma cabeça branca se inclina e me beija o topo da cabeça e as mãos .  Sim, as mãos nas quais ergo como num gesto delicado de balet. Pra quê ? Imagina...  Meu coração se expande como um músculo que cresce trabalhado, talhado, modelado, é  em acabamento desde os tempos em que a terra pulsava magma chama fonte e o fogo de eras . Domingo! E de novo Miguel, agora mais um me apareceu, Samuel. Sim Samuel.  Como dois irmãos ou amigos que vem ao redor e à minha porta e cujo som e cores e sensação magníficas  de seus nomes me harmonizam e presenteiam a minha casa sem invadir. Dando me o inenarrável.  Curioso o fato de irem chegando assim como uma comitiva, uma surpresa com a  qual meu sorriso se desenha na face. Como crianças anjos que vão chegando como quem brincam por todos os lugares onde passei. E dizem.a mim que estivera em toda caminhada. Eles me encontram.  Na solitude magnífica de mim e de meu lar eles vem e levam as sombras num gesto de presença de luminosidade própria. Quando possa algum momento em ir em profundidades densa cujos odores me tonteam, cuja atrocidades me processam em morrimentos.  De lá eu volto com essa espécie de jóias brilhantes. Algo ainda mais valoroso que isso. Entes áureos. Não sei nomear tão graça indescritível. Fico pensando nestas palavras que como pássaros  e silêncios me sustentam a subida a  viagem a caminhada. O coração que montanhoso eu mesma escalo. 


O Gabriel me apareceu outro dia uma vez . Embora este venha desde a minha tenra infância , estes dias rstava mais ao largo dando a frente ao outros dois, e me olhou terno e suave , tênue luminoso em tom pastel cintilante. ( nos olhamos)como quem diz que também veio e não me deixou e logo vai falar comigo a seu modo que o conheço um pouquinho de nada. Assim com mais tempo, porque ele é! Por sustentar sua presença no tempo e entre todas as coisas por mais absurdas que sejam mas tb mais lindas que se possa experienciar e entender.  Viver e cumprir a promessa de vida que eu mesma me fiz a mim. Que aliás esta é a única promessa maior que habita em nós.  Em toda vida na terra. 

Rio, 15 de novembro de 2021.

Alessandra Espínola

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