Sempre que mergulhamos, em determinado momento, nos falta um pouco de ar, a visão fica cada vez mais turva, uma escuridão parece se aproximar e tomar conta da gente, a pressão vai tirando nossos sentidos, já não ouvimos mais som algum e quase se perde a consciência dado mergulho cada vez mais profundo e intenso e a gente se mantém de cabeça... e mergulha leve como que se entregando à fundura de um infinito estonteante de amplidão e beleza. Porque chega uma hora em que nada pode ser feito senão se entregar. De repente, chegado ao fundo descobrimos que é infinito flutuamos no sem fundo daí que a luz cintilante e fluorescente mais alva brota da mais abissal escuridão solidão silêncio então é quando a gente se funde a essa luz num todo único, e de repente tem azul e tem luminescências vivas e nos tornamos essa imensidão azul sem fim.
Rio, junho de 2020.
Alessandra Espínola
quarta-feira, 17 de junho de 2020
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