quarta-feira, 17 de junho de 2020

Pois foi. De manhã eu vi a luz do sol nascendo. Antes era escuro ainda. Longa demora. Noite adentro em mergulho. Madrugada agonica. O galo cantava sem parar. Eu ouvi e olhei pela janela o céu escuro e turvo e o galo cantava. Sem parar. Levou mais uma noite inteira pros primeiros raios de sol saírem.  Quando dei conta de cores inéditas levantei e me misturei com os céus.   Pensei ser o começo de tudo. Um novo mundo se fazendo. Eu estava mais uma vez só. Com a coragem de levantar sobre as incertezas e abrir a janela ao inesperado.

Rio, junho de 2020.
Alessandra Espínola

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 a torre traz uma ideia de experiência esmagadora do despedaçamento das estruturas - geralmente internas e que levam às externas. Necessário...