Eu sei que em meus olhos tem todo esse silêncio que se move em mim como as marítimas silenciosas. Sei que meus olhos tem a melancolia da solidão insone e que tudo não passa de um momento. O momento é esse modo tranquilo de olhar as coisas e é como a lua tem de percorrer o céu. As vezes impetuosa mesmo mas é ainda assim de modo atento. Tudo me ocupa os espaços e transborda como por do sol e nascer do sol que sangra... como a lua quando fica em chamas. E há algum espanto belo e não se tem o que dizer. Senão o silêncio de quando nos sentimos sendo o próprio tempo. Se desmanchando... no tempo. Nada tomarei para mim quando me for a hora.
Rio, junho de 2020.
Alessandra Espínola
quarta-feira, 17 de junho de 2020
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