...ondas dobras de cada digital é fulcro cortado à faca de cada hora como um ponteiro cravando o tempo na carne cadáver que uiva ponteaguda levadiça traçada a pulso até quando os rios cilindram nuvens e barcos toca meu barco a palavra tua a minha palavra que na boca arde alabaredeada num inferno de herodes e ades, arde essa candelária nesse candelabro de flores incendiárias flores plantadas no silêncio caótico da memória turvada em altares para plantas dos pés apanhados no encalço dos filhos o fôlego das ondas o fôlego dos olhos encantados nos galões onde são incendiados até a pupila fulgente no topo bebo o cálice da noite espanto fantasmas de tua lua nave louca ó terra te penetro com meus tambores atabaques agbes sabres e essa canção de cascos de crepúsculo nos cabelos como crina escarlate que sorri a beleza e tudo viceja e a ti viceja com ternura mais crua bêbada e pura sobre todos os teus espasmos...
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...dá-me o teu tempo comigo, comunga de teu fluxo, de tuas dores, traumas, belezas, virtudes, caminhemos o caminho, o passo sem pressa, sem ...
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Texto ainda não revisado (como tem sido) Do porque as coisas (além de tantas variantes) demoram a se resolver. Primeiro porque não há per...
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nas pálpebras fechadas os sonhos dormem - fria realidade sobre o túmulo... *** lua minguante a dormideira se fecha ao ser tocada nas folhas ...
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[Da série Cartas:] Quando esboçava uma despedida, os olhos marejaram. Quando mais uma vez tive de cortar o cordão umbilical entre ti e tua ...
um escarcéunário de sons e imagens. a recriação da palavra. a reincorporação do narrativo na concisão da poesia. belo.
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