Ah soubesse reter a chama , morrer belas flores no jardim, ser cerol em linhas de pipa que não cortam o voo, o sol que se inclina nas pontas das garças de uma andorinha ou o rio límpido nas taças dentro da cristaleira do tempo... ora ora hora pós hora hórus meu olho olha farol noturno de mares e meus presságios de memória e mensagens que construo, a lua é clara e o olfato na pupila é língua que desabre a ferida mal cuidada que enxerga o fundo e o fim da chaga? é chama que elo cubra elo cura que ama é água salobra é hálito-fôlego de inventar voragens árduas epopéias pupas na boca.
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A noite vem com seu bafo e falácias de hades no rosto, eu desanelo anéis em saturno, derreto navalha da mudez, acaricio a nudez que fisgo na unha entre os dedos, eu vejo a música feita de pavores suores terrores e prédios desativados, cresce o poema feito de sangue e golpe invado luminuras no interior de galpões e velhas casas, beijo joelhos encontrando os flancos abdominando sentidos, a mandíbula e a rótula lato incensário ordinário pélvico escapulário que se abre no centro lírico da palavra.
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