IV - Canções de Outono
Eu estou cansada do tempo. Perdi todas as definições. Todas as certezas. Todas as dúvidas. Perdi os sentidos de todas essas coisas que queremos dizer com nomes. Há uma altura da montanha que apenas olhamos e respiramos e continuamos. Perdi a conta dos dados. E meus dedos buscam em vão no ar tocar a tua face. A distância nos plange e nos vela em meio a um tempo ameaçador de finados. Porém vivemos e sobrevivemos a essa noite funda que pesa sobre nós. E sorrimos em respiro no auge do naufrágio.
Você é lindo e ama o amor em semente. Só posso lhe dar essa fímbria de Sol e esse fio d'água. Terra barro pedra e fogo que nos forja e arde e não se vê.
Alessandra Espínola
Rio, maio de 2020.
terça-feira, 26 de maio de 2020
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