segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Marco, 2021.

 Todos os dias no caminho me encontram as pequenas coisas. A florzinha no meio do mato. No asfalto, no meio fio. As miudezas me fazem faltam. Eu as preenchi com meu olhar. Não há vazio que eu não transborde. Tenho saudades da terra e foi tanta falta de chão que desabotoei minha sandália e fui de pé em pé num caminho sem vidros sem óleos sem lixos que andei descalça um trechinho só.  Como quem se despe para a vida que todo dia se desvela pra mim e me chama em silêncio de luz, cor e caminho para algo maior, desse jeito mesmo, no menor dos detalhes, quase invisível aos olhos , sim a vida me poesia todo dia a alma. E eu não tô nem aí se quando vejo a natrueza é nela que me sou. E me desbordo. É ela que muito sou. Crua. Simples e perene.

Alessandra Espinola 

Rio, março de 2021.

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