26 de agosto se 2021. Rio de Janeiro.
Agosto é silencioso como o agasalhar de jornais o fruto o grito o urro. Encalda-lo. Sempre tem essa véspera de morrimentos. Começou cedo isso, lá atrás com a vovó. Foi se morrendo uma por uma , aos poucos... depois outra e mais outra e ainda outra depois. Ensinamentos de morrer. Ir. Partir.
Sim, aprender a chegar. Ficar. Pôr em banho em maria e espera, sim!?
O sol já vem chegando. Mais cedo e esperto nas latrinas da cidade. Ah eu quis dizer vitrais da cidade. Tudo brilha e tem furta cor. É só olhar com mais atenção que tu vê.
Como a capa das asas das moscas verdes. As casas recendem a poeira de antigos gestos. A mancha na parede das mãos. Das costas das cabeças encostadas. A sombra nos espreita alerta... é dia ! Nos relembra a luz na fresta da porta de vidro quebrado. Um pássaro insinua uma salsa sobre o galho de romã. Por vezes, a vida não tem a coerência e a linearidade que insiste o glossário do tempo de vida descendo ladeira abaixo.
Alessandra Espínola
Rio, inverno de 2021.
Nenhum comentário:
Postar um comentário