o barco a ancora a onda e o peixe
marejanddo como num filme em camera lenta.
- cenas de uma colagem no papel jornal -
...
veleja nas ondinas do ar
asas ao sol espargindo sal e espuma, nas garras o peixe se debatendo
no bico o verde da alga
o sonho de pouso: ninho, casa, terra firme, terra chã
para voos
...
pausa para respiros e silêncios
na realidade do chão movediço,
irregular, diverso, incerto:
resquícios de exílio e deserção
...
no vale, o peso demográfrico
- esta densa névoa
engolindo a estrada
a montanha
a lagoa
Rio de Janeiro, junho de 2025
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ResponderExcluirUm grande prazer ler tua poesia até aqui, acompanhar as mudanças dos anos. Potência viva!
ResponderExcluirDavi, muito obrigada pela sua leitura, pelo seu apreço. Um beijo grande
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