reinvento a casa
meu jeito único de viver
de morar, de habitar, de conviver
reivento família (eu e eu mesma, que seja e que é dentro) dentro de uma casa,
casa de fogo, água, e vento
terra moldada de sangue argiloso primitivo
o silêncio profundo de um ouvido posto na palma da mão
como um feto colhido em cocnha-coração
corais submetidos ao tempo , alma templo,
espirito das águas movendo Sépia em vôo dentro da cabeça
peixes respiram á beira do substrato
crescer em digitais no campo na praia
no tempo em que o mar corria sobre a areia
veias tecidas no coração do Sol, o norte sendo traçado, Lua sobre Montanha,
e São Jorge guardando o útero,
as mulheres da casa rompem como que a bolsa estourando e desaguando no mundo seus caminhos
num cordel lírico e negro, um mosaico-caleidoscópico , num calendário floral de hécate,
o candelabro aceso na diagonal da casa, a luz sibila: ser que dança
e o som atravessando a sombra
num cortante lábio de Lilith
Alessandra Espínola
Rio de Janeiro, maio de 2025
Caramba, que torrente sinestésica, Alessandra!
ResponderExcluirDavi, Obrigada pela leitura, pela sensibilidade!
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