segunda-feira, 2 de junho de 2025

o barco a ancora a onda e o peixe

marejanddo como num filme em camera lenta. 

- cenas de uma colagem no papel jornal -

... 

veleja nas ondinas do ar

asas ao sol espargindo sal e espuma, nas garras o peixe se debatendo

no bico o verde da alga 

o sonho de pouso: ninho, casa, terra firme, terra chã

para voos 

 ...

pausa para respiros e silêncios 

na realidade do chão movediço, 

irregular, diverso, incerto:

resquícios de exílio e deserção 

...

no vale, o peso demográfrico

- esta densa névoa 

engolindo a estrada 

a montanha

a lagoa

 

Rio de Janeiro, junho de 2025 

 

 

 

 

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Um grande prazer ler tua poesia até aqui, acompanhar as mudanças dos anos. Potência viva!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Davi, muito obrigada pela sua leitura, pelo seu apreço. Um beijo grande
      !

      Excluir

 "Minha alma canta sobre a guanabara" Foi quando desci. Misturada de mangue e cais de Porto. Sobrevoava ainda os céus além mar e c...