terça-feira, 15 de julho de 2025

Da série que se inicia:

[Poesia para Cabaré e outros noturnos]

 (Rascunhos)

Convite para árias,  bandolins e gaitas no salão nobre

Um quintal a noite

Poesia de batom vermelho

Se apresenta no palco central

***


Cabaré o corpo

Com suas cortinas veludosas em dobraduras

Eu e outros eus na sala de espelhos

De tapete vermelho, estendido

Pra você entrar

A gente vai se perder e se encontrar lá dentro

Quando o veu da  noite nos tocar. Beijar nossas pálpebras 

o nacar da lua nos banhar e 

Iluminar nossa face 

O perfume do teu halito me chamando 

A contemplar pinturas  desenhos esboços 

E logo na entrada , o vinho doce de teus gestos me aquecendo durante a fria estação de gelo. 

[Um capote invisível é posto ao meu coração escondido , o candeeiro do teu olhar - não me vê. ] ao longo dos dias observo o cabideiro dentro do Cabaré iluminado pelo lustre de luz baixa. E tudo muda na névoa dos dias. 

E o incenso de nossa vida subir

Nossas músicas tocarem

Então a gente vai lembrar de um tempo -lugar que não devíamos ter destruído. 

Então gente oferenda a vida -de novo- nossos corpos  como um tempo de ressurreição.


Ao som de Rita Lee , Menino Bonito.

Rio, inverno rigoroso de 2025. 

Alessandra Espinola 

2 comentários:

  1. "Como um capote invisível que só ao me coração escondido é capaz de ser visto pelo candeeiro do teu olhar."

    Por aqui sempre vale a espera.

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    Respostas
    1. Ah vc é demais. Eu entre no Cabaré de novo e sentei-me a cadeira e olhei olhei olhei... modifiquei a cena. Obrigada pela presença, meu amigo. Lhe adoro. Brindamos!

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