Da série que se inicia:
[Poesia para Cabaré e outros noturnos]
(Rascunhos)
Convite para árias, bandolins e gaitas no salão nobre
Um quintal a noite
Poesia de batom vermelho
Se apresenta no palco central
***
Cabaré o corpo
Com suas cortinas veludosas em dobraduras
Eu e outros eus na sala de espelhos
De tapete vermelho, estendido
Pra você entrar
A gente vai se perder e se encontrar lá dentro
Quando o veu da noite nos tocar. Beijar nossas pálpebras
o nacar da lua nos banhar e
Iluminar nossa face
O perfume do teu halito me chamando
A contemplar pinturas desenhos esboços
E logo na entrada , o vinho doce de teus gestos me aquecendo durante a fria estação de gelo.
[Um capote invisível é posto ao meu coração escondido , o candeeiro do teu olhar - não me vê. ] ao longo dos dias observo o cabideiro dentro do Cabaré iluminado pelo lustre de luz baixa. E tudo muda na névoa dos dias.
E o incenso de nossa vida subir
Nossas músicas tocarem
Então a gente vai lembrar de um tempo -lugar que não devíamos ter destruído.
Então gente oferenda a vida -de novo- nossos corpos como um tempo de ressurreição.
Ao som de Rita Lee , Menino Bonito.
Rio, inverno rigoroso de 2025.
Alessandra Espinola
"Como um capote invisível que só ao me coração escondido é capaz de ser visto pelo candeeiro do teu olhar."
ResponderExcluirPor aqui sempre vale a espera.
Ah vc é demais. Eu entre no Cabaré de novo e sentei-me a cadeira e olhei olhei olhei... modifiquei a cena. Obrigada pela presença, meu amigo. Lhe adoro. Brindamos!
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