quarta-feira, 13 de novembro de 2024

A massa sombria. O buraco negro que é uma outra imensidão.  A Massa escura. 
Que é um ser de contingências individuais e sociais na qual também  estou metida,  somos todos partes e estamos todos metidos ate o pescoço, feitos da maior parte. Que se move , que nos move contingentes. Abarrotados. Cataclismáticos. Imersos.  Sonâmbulos.  Espessos. Densos. Subterrâneos.  Interiços. Amalgamados. Num grande Complexo humano, social, coletivo indivisível.  Uno.
Na grande cidade que não é partida e não há (nada) partido, este organismo vivo se move ora silencioso ora barulhento. Ora sorrateiro, ora já extravagante à superfucie de tão transbordante.  O ser que se soma a cada um num grande complexo que ora expurga ora vira saudade ora morre ora mata. Ora renasce como alien que se alimenta de si que se repete e se retroalimenta. Ora parasita ora palafita. Ora corpo presente ora virado saudade. 

Rio de Janeiro, Vila Cruzeiro, primavera de 2024. 

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